RESULTADOS
VIABILIDADE DA CULTURA
PORQUÊ O ALGARVE?
A fruticultura é uma área de grande importância em Portugal, com regiões demarcadas de elevado interesse para a produção. Uma destas regiões é o Algarve, caracterizado por um clima que aparenta ser favorável ao cultivo de certas espécies frutícolas exóticas como é o caso da pitaia (Hylocereus sp).
Foi establecida uma coleção de 15 variedades ao ar livre, em Cacela Velha, e em estufa, no viveiro Mil Plantas, em Estoi, com o objetivo de caracterizar o crescimento, a floração e a frutificação, adicionando informação existente sobre a cultura, otimizando o seu desenvolvimento na região do Algarve. Apesar de a pitaia ser resistente a longos períodos de seca, e não necessitar de muita rega, existem algumas condições que não favorecem o seu cultivo na região do Algarve:
OBSTÁCULOS
Escassez de agentes polinizadores naturais (morcegos, entre outros polinizadores noturnos)
As flores só abrem uma vez durante a noite, não havendo por isso muitos polinizadores naturais disponíveis.
Os morcegos e outros potenciais polinizadores noturnos são pouco frequentes na região.
Determinados locais do Algarve têm temperatura demasiado baixa para o seu desenvolvimento
O Algarve é caracterizado como um clima mediterrâneo temperado e a origem da pitaia está associada a regiões com climas tropicais.
Intensidade da radiação solar durante certos períodos do ano
Poderá causar queimaduras na planta.
Os fatores mencionados tornam necessário estabelecer uma relação entre:
QUALIDADE
DO FRUTO
CONDIÇÕES
EDAFOCLIMÁTICAS
PRODUTIVIDADE
Esta relação, segundo estudos realizados noutras regiões do mundo, está dependente do microclima do pomar, da qualidade da água da rega e da estação do ano.
VIABILIDADE ECONÓMICA
Considerando toda a informação recolhida até ao momento, a perspetiva do desenvolvimento e melhoria da cultura da pitaia no Algarve tem apresentado bons resultados, apresentando viabilidade económica para os pequenos agricultores.
VANTAGENS ECONÓMICAS
Planta rústica, com adaptação à secura, o que implica custos reduzidos associados à rega.
Adaptação ao cultivo ao ar livre e em estufa, em solo e substrato.
Investimento reduzido no modo de produção ao ar livre.
Preço elevado do fruto e procura crescente.